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Budismo Ch'an (Zen)

"Iluminação. Esta palavra, grandiosa em essência e em potência, usa-se, neste capítulo, para indicar, enfaticamente, a experiência mística transcendental que consiste em experimentar o TAO, a VERDADE ZEN, o REAL.


Não é suficiente compreender algo; necessitamos captar, apreender, capturar sua íntima significação.


O sexto Patriarca perguntou ao Bodhidharma: "Como é possível alcançar o TAO?"

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O Bodhidharma respondeu: "Exteriormente, toda atividade cessa; interiormente, a mente deixa de agitar-se. Quando a mente se converteu num muro, então advém o Tao."


É urgente saber que o ZEN japonês é o mesmo DHYANA indostânico, o JHANA PALI, o CH'AN chinês: uma forma extraordinária do Budismo Mahayana.


É inquestionável que os estudos e práticas ZEN nos permitem captar o íntimo significado dos ensinamentos budistas, preconizados pela escola Mahayana, antítese maravilhosa e complemento, por sua vez, da escola de Auto-Realização Íntima Jinayana.


O Vazio Iluminador resulta impossível de descrever com humanas palavras. Não é definível ou descritível. Como disse o Mestre Zen Huai Jang: "Qualquer coisa que se diga, falhará no ponto principal."


O ensinamento budista sobre o Vazio é compreensivo e profundo e requer muito estudo antes de ser entendido.


Só na ausência do ego podemos experimentar, de forma direta, o Vazio Iluminador. Endeusar a mente é um absurdo; porque esta, em si mesma, é tão só um calabouço fatal para a Consciência.


Afirmar que a mente é o BUDA, dizer que é o TAO, resulta um disparate, porque o intelecto é tão só uma jaula para a Consciência.


A mística experiência do Vazio Iluminador se realiza sempre fora do terreno intelectual. A iluminação budista nunca é conseguida, desenvolvendo a força mental, nem endeusando a razão; pelo contrário, logra-se desatando qualquer vínculo que nos ate à mente.


Só liberando-nos do calabouço intelectual, poderemos vivenciar a dita do Vazio Iluminador, livre e inteiramente insubstancial.


O Vazio é simplesmente um termo budista claro e preciso que denota a natureza não substancial e não pessoal dos seres e um sinal de indicação do estado de absoluto despreendimento e liberdade fora do tempo e mais além da mente.

 

Bebei o vinho da meditação na taça deliciosa da perfeita concentração."

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                        Samael Aun Weor - Livro "O Mistério do Áureo Florescer"

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